Para lembrar o dia da Árvore, 21 de setembro. Escolhi três textos reflexivos com um dos bens mais importantes que precisamos preservar, pois possuem a função de renovar o oxigênio, de produzir alimentos e frutas para o homem e para diversas espécies animais, estabiliza a temperatura do local onde crescem, servem como abrigo e morada para diversos tipos de bichos, decoram jardins, casas, calçadas e praças públicas, além de muitas outras possibilidades que só nos beneficiam.
A LENDA DOS IPÊS
Quando Deus estava preparando o mundo, se reuniu em uma tarde com todas as árvores. Ele pediu para que cada árvore escolhesse que época gostaria de florescer e embelezar a Terra. Foi aquela alegria.
Outono, verão, primavera, diziam elas.
Porém, Deus observou que nem uma escolhia a estação do inverno.
Então Deus parou a reunião é perguntou:
- Por que ninguém escolhe a época do inverno?
Cada um tinha sua razão.
- Muito seco! Muito frio! Muitas queimadas!
Então Deus pediu um favor.
- Eu preciso de pelo menos uma árvore, que embeleze o inverno, que seja corajosa, para enfrentar o frio, a seca e as queimadas. E no inverno, a Terra precisa de flores para embelezar o ambiente dos homens....
Todas árvores ficaram em silêncio.
Foi então que uma árvore quietinha lá no fundo, balançou as folhas e disse:
- Eu vou! Eu quero florescer no inverno.
E Deus, com um sorriso, perguntou:
- Qual seu nome minha filha?!
- Me chamo Ipê, Senhor!
As outras árvores ficaram espantadas com a coragem do Ipê em querer florescer no inverno. Então Deus respondeu:
- Por atender meu pedido farei com que você floresça no inverno não só com uma cor, mas com muitas cores. Para que também no inverno o mundo seja colorido. Como agradecimento, terás diferentes cores e texturas, sua linhagem será enorme.
E assim Deus fez uma das mais lindas árvores que dá cor ao inverno.
E por isso temos os Ipês.
Era uma vez uma
Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o
menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a
Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se
em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava
cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a
Árvore profundamente.
E a Árvore era
feliz!
Mas o tempo passou
e o menino cresceu!
Um dia, o menino
veio e a Árvore disse:
"Menino, venha
subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser
feliz!"
"Estou grande
demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas
coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto
muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos,
Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino
subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou
feliz!
Mas o menino sumiu
por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino
veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino,
venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito
ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa,
eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma
casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho
casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e
seja feliz."
O menino depressa
cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou
feliz!
O menino ficou
longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de
uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha,
meu Menino", sussurrou, "venha brincar!"
"Estou velho
para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste."
"Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum
barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu
tronco e faça seu barco", disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja
feliz!"
O menino cortou o
tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou
feliz, mas não muito!
Muito tempo depois,
o menino voltou.
"Desculpe,
Menino", disse a Árvore. "não tenho mais nada pra te oferecer.
Os frutos já se foram."
"Meus dentes
são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram
os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho
idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho
mais tronco pra você subir", disse a a Árvore.
"Estou muito
cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que
gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore.
"Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe ... "
"Já não quero
muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me
sentar, pois estou muito cansado."
"Pois
bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um
toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.
Venha, Menino,
depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino
fez.
E a Árvore ficou
feliz.
Texto de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino
4. AS TRÊS ÁRVORES
Havia, no alto da montanha,
três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira,
olhando as estrelas, disse:
" Eu quero ser o baú
mais precioso do mundo, cheio de tesouros, para tal até me disponho a ser
cortada."
A Segunda olhou para o riacho
e suspirou:
" Eu quero ser um grande
navio para transportar reis e rainhas."
A terceira árvore olhou o
vale e disse:
"Quero ficar aqui no
alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim,
levantem seus olhos e pensem em Deus."
Muitos anos se passaram e
certo dia vieram três lenhadores, e cortaram as três árvores. Todas
ansiosas em serem transformadas naquilo com que sonhavam.
Mas o destino parecia não compactuar com os seus sonhos!
A primeira árvore acabou se
transformando num cocho de animais coberto de feno.
A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e
peixes todos os dias.
A terceira mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas
vigas e colocada de lado em um depósito.
E todas as três se
perguntavam desiludidas e tristes:
" Para que isso?"
Mas numa certa noite, cheia
de luz e estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu
neném recém-nascido naquele cocho de animais.
E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A Segunda árvore, anos mais
tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a
tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse:
" PAZ " !
E num relance, a Segunda árvore entendeu que estava carregando o rei dos céus e
da terra.
Tempos mais tarde, numa
sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas
em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo sentiu-se horrível e cruel.
Mas, logo no Domingo o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que
nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade, e que as
pessoas sempre se lembrariam de Deus e seu filho Jesus Cristo ao olharem
para ela.
______________
As árvores haviam tido
sonhos...
Mas as suas realizações foram
mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.
Aprendamos a ouvir o sonho
que Deus sonha secretamente dentro de nossas almas, pois na sua realização
estará o supremo sentido de nossa existência!
(autor desconhecido)
5.As quatro estações…
Um homem tinha quatro filhos.
Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo
apressado, por isso, ele mandou cada um em uma viagem, para observar uma
parreira que estava plantada em um distante local.
O primeiro filho foi lá no
inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão, e o quarto e mais jovem,
no outono. Todos eles partiram, e quando retornaram, o pai os reuniu, e pediu
que cada um descrevesse o que tinham visto.
O primeiro filho disse que a
árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que
não, que ela era recoberta de botões verdes, e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou;
disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram
tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele
jamais tinha visto.
O último filho discordou de
todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de
frutas, vida e promessas.
O homem então explicou a seus
filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma
estação da vida da árvore.
Ele falou que não se pode
julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de
quem eles são, e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida podem apenas
ser medidos ao final, quando todas as estações estão completas.
Se você desistir quando for
inverno, você perderá a promessa da primavera, a beleza de seu verão, a
expectativa do outono.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não
julgue a vida apenas por uma estação difícil. Persevere através dos caminhos
difíceis, e melhores tempos certamente virão de uma hora para a outra.
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