1 . A árvore dos sapatos
Muito longe daqui, no Sul da África, não muito tempo
atrás, vivia uma tribo que não usava sapatos. Pra quê sapatos? Se a areia era
macia, a grama também.
Mas às vezes as pessoas tinham que ir à cidade. Para resolver um assunto, um negócio de cartório, hospital, ou receber dinheiro ou até mesmo ir a uma festa. Aí eles precisavam de sapatos, e era um tal de pedir emprestado, que nunca dava certo.
Foi aí que o velho mais velho da vila que, como tantas vezes acontece, era também o mais sábio resolveu o problema. Ele abriu uma tenda de aluguel de sapatos bem na entrada da vila.
Instalou-se à sombra de uma grande árvore, e em seus galhos pendurou todo tipo de sapatos: sandálias, chinelos, alpargatas, botas, botinas, sapatos de salto alto, fechado atrás, aberto atrás, sapato de casamento, para enterro, de todas as cores, tipos e tamanhos.
As pessoas alugavam o sapato que queriam, iam pra cidade resolver seus assuntos e, na volta, devolviam. Claro, tinham que pagar aluguel.
Você sabe qual era o aluguel?
No fim da tarde, depois que todo mundo já tinha terminado o serviço, tomado banho no rio, jantado, todo o povo da vila se reunia para ouvir a pessoa que tinha alugado o sapato contar, com todos os detalhes, por onde aquele sapato tinha andado.”
Agora me fala, por onde seus sapatos tem
andado?Mas às vezes as pessoas tinham que ir à cidade. Para resolver um assunto, um negócio de cartório, hospital, ou receber dinheiro ou até mesmo ir a uma festa. Aí eles precisavam de sapatos, e era um tal de pedir emprestado, que nunca dava certo.
Foi aí que o velho mais velho da vila que, como tantas vezes acontece, era também o mais sábio resolveu o problema. Ele abriu uma tenda de aluguel de sapatos bem na entrada da vila.
Instalou-se à sombra de uma grande árvore, e em seus galhos pendurou todo tipo de sapatos: sandálias, chinelos, alpargatas, botas, botinas, sapatos de salto alto, fechado atrás, aberto atrás, sapato de casamento, para enterro, de todas as cores, tipos e tamanhos.
As pessoas alugavam o sapato que queriam, iam pra cidade resolver seus assuntos e, na volta, devolviam. Claro, tinham que pagar aluguel.
Você sabe qual era o aluguel?
No fim da tarde, depois que todo mundo já tinha terminado o serviço, tomado banho no rio, jantado, todo o povo da vila se reunia para ouvir a pessoa que tinha alugado o sapato contar, com todos os detalhes, por onde aquele sapato tinha andado.”
Esta história foi transcrita a partir do registro oral feito por Gilka Girardello em 2006, no Encontro Internacional Boca do Céu de Contadores de Histórias que aconteceu no Sesc Pinheiros
Muito bom... Adorei a ideia... Show...
ResponderExcluirAmei essa história!
ResponderExcluirlegal
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